Por Deniele Simões
O Arsenal da Esperança Dom Pedro Luciano Mendes de Almeida é uma instituição de inspiração católica instalada na Capital paulista. O organismo atende 1,2 mil pessoas por dia, com programas educacionais, culturais, assistência médica e alimentação.
Todos os dias, os
assistidos, em sua maioria migrantes e pessoas que enfrentam
problemas familiares e de desemprego, fazem três refeições básicas
na instituição: café da manhã, almoço e jantar.
O Arsenal da
Esperança é uma das 51 instituições sociais beneficiadas pela
organização não-governamental Banco de Alimentos – organismo
criado em 1998 com o propósito de minimizar os efeitos da fome e
contribuir para a redução do desperdício de alimentos, através de
ações socioeducativas.
O coordenador do
Arsenal da Esperança, Gianfranco Mellino, conta que a parceria com o
Banco de Alimentos já dura quase 10 anos, sendo a principal
responsável pela alimentação dos assistidos.
A parceria permite,
inclusive, que a casa possa economizar recursos para aplicação em
outras áreas, para o aprimoramento dos serviços oferecidos. “Temos
um grande número de pessoas, então tudo aquilo que é doado é
servido nas refeições e assim se pode comprar outras coisas com o
dinheiro que não é gasto com os alimentos para aplicar nas outras
despesas”, relata Gianfranco.
A nutricionista do
Banco de Alimentos, Camila Kneip, explica que a Ong funciona como uma
espécie de distribuidora. Dentre os principais apoiadores do projeto
estão empresas doadoras de alimentos e serviços, além de pessoas
físicas e jurídicas que auxiliam com doações financeiras. “A
organização possui uma série de parceiros que colaboram para que o
trabalho seja desenvolvido de forma mais sinérgica possível”.
Desde 1998, quando
surgiu a Ong, essa sinergia tem impulsionado o funcionamento de uma
verdadeira rede de solidariedade, que já beneficiou dezenas de
milhares de pessoas na cidade de São Paulo e na região da Grande
São Paulo.
A rede de entidades
beneficiadas atende crianças, adolescentes, idosos, portadores de
deficiências físicas e mentais, portadores de patologias como Aids,
câncer e doenças cardiovasculares, além de moradores de rua –
todos pessoas que passam por risco alimentar e não-economicamente
ativas.
Segurança
alimentar
Mas, as ações da
Ong não se restringem apenas a distribuir alimentos. O organismo
ministra cursos, palestras, workshops e oficinas culinárias às
entidades atendidas. O objetivo é ensinar os integrantes dessas
instituições, assim como seus assistidos, a manipular integralmente
os alimentos, com vistas a combater a desnutrição e a subnutrição.
O diretor executivo
da Futurong, Lucas Roberto Duarte, é fala com satisfação da
parceria entre o Banco de Alimentos e a instituição que dirige. O
trabalho abrange diretamente as 1,5 mil pessoas assistidas
mensalmente pela Futurong e também seus colaboradores. “O Banco de
Alimentos nos auxilia muito na questão da manutenção da
alimentação para as crianças e propriamente para a nossa equipe.
Eles é que nos ajudam para que possamos cumprir com a nossa missão
também, que é a segurança alimentar”.
O trabalho de
parceria entre o Banco de Alimentos e outras entidades também atinge
pessoas interessadas em aprender com as ações de inclusão
alimentar. Um dos exemplos é a parceria entre a Ong e o Centro
Universitário São Camilo, onde estudantes do último ano do curso
de Nutrição participam de estágio curricular.
De acordo com Camila
Kneip, no estágio os alunos desenvolvem trabalhos e pesquisas
científicas, fazendo avaliações da população atendida pela Ong,
objetivando traçar ações para a melhoria do estado nutricional dos
atendidos.
O modelo de gestão
criado pelo organismo é tão eficiente que há uma lista de espera
de aproximadamente 300 instituições interessadas em receber
alimentos. Como a demanda encontra-se no limite, a direção da Ong
estuda ampliar o número de atendimentos no futuro, mas necessita de
novas parcerias para promover essa expansão.
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