terça-feira, outubro 04, 2016

ONG ajuda melhorar segurança alimentar


Por Deniele Simões


O Arsenal da Esperança Dom Pedro Luciano Mendes de Almeida é uma instituição de inspiração católica instalada na Capital paulista. O organismo atende 1,2 mil pessoas por dia, com programas educacionais, culturais, assistência médica e alimentação.

Todos os dias, os assistidos, em sua maioria migrantes e pessoas que enfrentam problemas familiares e de desemprego, fazem três refeições básicas na instituição: café da manhã, almoço e jantar.

O Arsenal da Esperança é uma das 51 instituições sociais beneficiadas pela organização não-governamental Banco de Alimentos – organismo criado em 1998 com o propósito de minimizar os efeitos da fome e contribuir para a redução do desperdício de alimentos, através de ações socioeducativas.

O coordenador do Arsenal da Esperança, Gianfranco Mellino, conta que a parceria com o Banco de Alimentos já dura quase 10 anos, sendo a principal responsável pela alimentação dos assistidos.

A parceria permite, inclusive, que a casa possa economizar recursos para aplicação em outras áreas, para o aprimoramento dos serviços oferecidos. “Temos um grande número de pessoas, então tudo aquilo que é doado é servido nas refeições e assim se pode comprar outras coisas com o dinheiro que não é gasto com os alimentos para aplicar nas outras despesas”, relata Gianfranco.

A nutricionista do Banco de Alimentos, Camila Kneip, explica que a Ong funciona como uma espécie de distribuidora. Dentre os principais apoiadores do projeto estão empresas doadoras de alimentos e serviços, além de pessoas físicas e jurídicas que auxiliam com doações financeiras. “A organização possui uma série de parceiros que colaboram para que o trabalho seja desenvolvido de forma mais sinérgica possível”.

Desde 1998, quando surgiu a Ong, essa sinergia tem impulsionado o funcionamento de uma verdadeira rede de solidariedade, que já beneficiou dezenas de milhares de pessoas na cidade de São Paulo e na região da Grande São Paulo.

A rede de entidades beneficiadas atende crianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiências físicas e mentais, portadores de patologias como Aids, câncer e doenças cardiovasculares, além de moradores de rua – todos pessoas que passam por risco alimentar e não-economicamente ativas.

Segurança alimentar
Mas, as ações da Ong não se restringem apenas a distribuir alimentos. O organismo ministra cursos, palestras, workshops e oficinas culinárias às entidades atendidas. O objetivo é ensinar os integrantes dessas instituições, assim como seus assistidos, a manipular integralmente os alimentos, com vistas a combater a desnutrição e a subnutrição.

O diretor executivo da Futurong, Lucas Roberto Duarte, é fala com satisfação da parceria entre o Banco de Alimentos e a instituição que dirige. O trabalho abrange diretamente as 1,5 mil pessoas assistidas mensalmente pela Futurong e também seus colaboradores. “O Banco de Alimentos nos auxilia muito na questão da manutenção da alimentação para as crianças e propriamente para a nossa equipe. Eles é que nos ajudam para que possamos cumprir com a nossa missão também, que é a segurança alimentar”.

O trabalho de parceria entre o Banco de Alimentos e outras entidades também atinge pessoas interessadas em aprender com as ações de inclusão alimentar. Um dos exemplos é a parceria entre a Ong e o Centro Universitário São Camilo, onde estudantes do último ano do curso de Nutrição participam de estágio curricular.

De acordo com Camila Kneip, no estágio os alunos desenvolvem trabalhos e pesquisas científicas, fazendo avaliações da população atendida pela Ong, objetivando traçar ações para a melhoria do estado nutricional dos atendidos.

O modelo de gestão criado pelo organismo é tão eficiente que há uma lista de espera de aproximadamente 300 instituições interessadas em receber alimentos. Como a demanda encontra-se no limite, a direção da Ong estuda ampliar o número de atendimentos no futuro, mas necessita de novas parcerias para promover essa expansão.

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