Crime bárbaro
A semana em Pindamonhangaba infelizmente foi marcada pelo homicídio do menino Lucas, de apenas 11 anos, que morreu enforcado quando tentava resgatar uma pipa que havia caído na escola Escola Estadual Professora Ivone Nogueira de Azevedo, no bairro do Beta.
Como integrantes da equipe de reportagem, eu e minha colega Daniela Bairros fomos até o local dos fatos para tentar reconstituir a cena do crime e, em conversa com moradores do local, foi apurado que o autor do homicídio, de apenas 14 anos, é uma pessoa temida na região do loteamento Triângulo pela prática de delitos como pequenos furtos e envolvimento com entorpecentes - informação esta confirmada pelo delegado titular de polícia do município, Carlos Prado Pinto.
Escola "sem dono"
O que mais chama a atenção nesse caso, além da dor dos familiares do menino assassinado, que era filho único, é a facilidade com que as pessoas envolvidas na cena do crime entraram no estabelecimento de ensino.
Segundo informações da família da vítima, o acusado pela morte de Lucas estaria tentando praticar um furto na escola. E, como foi surpreendido por Lucas, que entrou na escola para resgatar a pipa, acabou sendo morto - versão que o acusado não reconhece como verdadeira.
Considerações sobre qual versão é a correta, uma coisa é certa: o acesso à escola não foi em nada dificultado, condição que permite levar em consideração as acusações da família de Lucas, dando conta de que o estabelecimento é freqüentemente utilizado como esconderijo para o uso de entorpecentes e a prática de furtos.
Segundo os próprios familiares de rapaz assassinado, há algum tempo essa situação perdura na escola, e só foi agravada com a paralisação do programa Escola da Família naquela unidade, que promovia atividades no local aos finais de semana, transformando o estabelecimento em um ambiente familiar.
Fim de um programa exemplar?
Situações como essa evidenciam a proximidade do fim, ou de pelo menos uma redução drástica, no programa Escola da Família, que durante o governo Geraldo Alckmin, levou inúmeras atividades para a comunidade para as escolas nos bairros durante os finais de semana. Esse programa, sem dúvida, foi um dos grandes responsáveis pela diminuição da criminalidade nas escolas e nas imediações desses estabelecimentos.
Entretanto, muitos ex-participantes desse programa têm lamentado a diminuição não só das escolas participantes, como do número de pessoas envolvidas no projeto, que se utilizava de bolsistas como munitores das atividades oferecidas.
Fica a impressão, portanto, de que a redução drástica nesse programa educacional exemplar tem conotação política - já que o mentor intelectual do projeto é homem ligado a Alckmin que, embora tucano como Serra, é tido como uma espécie de liderança diametralmente oposta ao atual governador.
Diante de brigas e questões político-partidárias, quem acaba perdendo é a população. Uma pena...
Shopping center
A instalação de um shopping center em Pindamonhangaba é algo que pode vir a se tornar realidade dentro de muito pouco tempo.
Fontes seguras me passaram a informação de que, até o final do mês, deverá ser lançado o projeto contemplando a instalação desse centro de compras, atendendo a um grande clamor da população do município.Pelo que apurei, o shopping deve ser implantado próximo à entrada da cidade.
Vamos aguardar os próximos acontecimentos.
Uma necessidade
Não é de hoje que a implantação de um shopping center com lojas-âncoras é uma necessidade para Pindamonhangaba. Aliás, o shopping é um grande desejo da população, que por causa da falta de estabelecimentos comerciais abertos nas tardes dos finais de semana acaba se deslocando a outros municípios para fazer suas compras.
Horário especial
Essa evasão no movimento é algo que tem preocupado os comerciantes locais. Tanto que a direção da Associação Comercial e Industrial de Pindamonhangaba (ACIP) encomendou uma pesquisa para saber o que a população pensa a respeito do atual horário de funcionamento do comércio.
O principal anseio dos moradores da cidade é o prolongamento do funcionamento dos estabelecimentos comerciais aos sábados, para que todos possam fazer suas compras no próprio município.
A ampliação desse horário, segundo os dirigentes da entidade, é algo que demanda de um grande estudo e envolve não só a ACIP como as autoridades municipais, que terão o dever de planejar a ocupação de novos espaços e a própria disciplina do trânsito.
Outra questão que envolve o assunto é, sem dúvida, a geração de novos empregos. Se formos levar em consideração as campanhas que as centrais sindicais estão organizando acerca da redução da jornada de trabalho no país, a ampliação do horário de comércio no município cairia como uma luva sob o aspecto da criação de novos postos de trabalho. Basta nossos empresários enxergarem a questão sob esse prisma.
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