Frase da semana
"Pouco me interessaria um aumento expressivo do PIB se isso implicasse, o mínimo que fosse, redução das liberdades democráticas. Assim como não adianta crescer sem distribuir, não adianta crescer sem democratizar" (Luís Inácio Lula da Silva)
O presidente Lula pronunciou a frase acima durante o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas parece não saber que crescimento do PIB nada tem a ver com democracia. Existem países democráticos que crescem muito mais do que o Brasil; e há países que, em período de ditaduras pavorosas, como o Chile da era Pinochet, também tiveram crescimento superior ao do Brasil.
O que necessitamos, na verdade, é conter certas “loucuras” que nossos congressistas cometem em nome da democracia. Ao adotar práticas como reajuste de benefícios, utilização de verbas e auxílios diversos, nossos políticos acabam, na verdade, contribuindo para aniquilar a distribuição de renda em nosso país.
E todos nós sabemos que, sem congresso, não há governo que se mantenha. Então, é essa cumplicidade (ou poderia dizer conluio) que necessita ser quebrada...
Orgulho da terra
Estive em Guaratinguetá no início desta semana e fui testemunha ocular da alegria e otimismo que estão contagiando, no bom sentido, a população daquele município.
Nas esquinas e prédios públicos, o assunto dominante nas rodas de conversa é a participação da equipe de futebol profissional da cidade no campeonato paulista da primeira divisão.
Essa, certamente, é uma atitude comum àqueles que vêem sua terra prosperar em algum aspecto, e pode ser traduzida pela palavra “brio”.
Mas, se em Guará o povo é só festa, a população de Taubaté e São José dos Campos não tem nenhum motivo para comemorar, no que diz respeito ao futebol.
Pela tradição que um dia tiveram nesse esporte, esses municípios vão de mal a pior, porque, na verdade, não conseguiram o nível de estruturação que o Guaratinguetá obteve nos últimos anos.
Por falar nisso...
... o povo de Pindamonhangaba, que já viu o município ter um time profissional nas divisões de base do Estado de São Paulo, sente-se fragilizado com a ausência de investimentos em futebol.
Resta à população da cidade se contentar com os certames amadores e torcer pelos times vizinhos nos campeonatos de maior expressão.
Falando em futebol...
Eu estava assistindo ao programa do jornalista Roberto Avalone pela TV Bandeirantes no último domingo (21) e, no momento em que presenciei uma discussão acerca do técnico corinthiano Leão, observei na tela algo, no mínimo, bizarro.
Naquele momento, o debate sobre a personalidade de Leão corria solto e a principal questão levantada era se o técnico sabia lidar com estrelas. Em meio a discussões acaloradas, eis que aparece um GC com a seguinte pergunta na tela: “Leão sabe lhe dar com estrelas?”.
Como diz o meu amigo José Antônio de Oliveira, “é o fim da picada”. Se na imprensa nacional o nível cultural e gramatical está tão baixo, imagine os profissionais que trabalham pelo interior desse Brasilzão afora...
Santa ignorância
Por falar nesse assunto, tem jornalista formado em faculdade que usa o feminino da palavra “menos”. Aliás, as pessoas se perguntam: como é que esse tipo de gente consegue se manter empregado? Há também estudantes de jornalismo em final de curso que escrevem absurdos nos veículos de comunicação em que trabalham, cometendo erros grotescos de concordância, de grafia.. e por aí vai.
Em meio a tantas questões esdrúxulas, surgem questionamentos acerca da qualidade de ensino das faculdades e escolas de base – estas últimas quase que incapazes de ensinar a língua portuguesa aos seus alunos.
Este material é publicado às quartas-feiras, pelo Jornal da Cidade de Pindamonhangaba
Um comentário:
O governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo.Quem duvida disso não conhece a natureza humana. Mikhail Bakunin (1814-1876)[/cor]
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