Transcrevo, a seguir, um texto publicado esta semana pelo jornal Vale Paraibano e assinado pelo jornalista e radialista Ferreira Leite, de São José dos Campos. O moço (que não sei se é velho ou moço, e sequer o conheço) tem razão no que diz.
Nossas mães, tias, primas, amigas, ou seja, as donas de casa deveriam ser tratadas com mais respeito.
"Uma mulher, em São Paulo, acionou judicialmente o ex-marido cobrando indenização por serviços prestados durante o casamento. No caso, o valor pedido foi de 30 mil reais, referente a serviços que inclui cuidar da casa, das crianças, cozinhar, lavar e passar roupas, enfim...
O pedido de indenização (claro!) foi indeferido, após conclusão de que o marido não obteve benefícios ou enriquecimento com os serviços. Ainda que sem êxito, a iniciativa possibilita a discussão sobre o assunto. Por que o serviço doméstico, quando realizado pela dona de casa, não é reconhecido, por exemplo, para fins de aposentadoria? Teria o marido que contratar a própria esposa como doméstica para que, com a carteira assinada, ela tivesse direito ao benefício? Por que muitos maridos até aceitam pagar uma empregada doméstica, mas não incluem essa despesa no orçamento quando o serviço é prestado pela esposa?
Maridos atentos argumentam que trabalham feito loucos para sustentar a família, cabendo à mulher segurar a barra dentro de casa.
E que barra maçante! Sabemos que o recolhimento como autônoma seria uma alternativa, mas se leis garantem benefícios trabalhistas ao empregado, quem garante férias e 13º salário à dona de casa? Outro dia discutiu-se por meio da imprensa se a prostituição deveria ser reconhecida como profissão.
Ninguém, no entanto, discutiu as complexas funções e necessidades de uma dona de casa".
Texto entre aspas originalmente escrito por Ferreira Leite, jornalista e radialista em São José dos Campos
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