Cento e trinta e cinco milhões de brasileiros vão às urnas hoje. De fato, é o exercício da democracia; o direito de poder votar e ser votado, conquistado efetivamente após mais de 20 anos de ditadura militar.
É evidente que a democracia trouxe avanços, mas também causou inúmeros prejuízos financeiros ao Brasil, que hoje financia uma das estruturas de poder mais caras do mundo.
De olho nessa estrutura e nas oportunidades que o poder oferece, grande parte dos candidatos participa de um esquema milionário de financiamento de campanhas, cujos valores investidos deverão ser, obrigatoriamente, ressarcidos aos cofres das empresas, lobistas e das instituições que os ajudaram a eleger.
É, a democracia tem dessas coisas, mas não podemos desperdiçar a oportunidade de votar e apostar em candidatos que não estejam, necessariamente, atrelados a esse tipo de esquema.
Devemos, também, acenar para a possibilidade de cobrar mudanças estruturais, que permitam um maior controle social. A lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular, é um exemplo dessas mudanças, mas o momento exige atenção para que não se criem mecanismos para anulá-la.
Apesar da conquista dessa nova legislação, que impediu a candidatura de Joaquim Roriz, lá no Centro Oeste, ainda é preciso avançar mais.
A sociedade organizada precisa cobrar uma reforma política séria, compromissada com os valores éticos e com a liberdade de cada cidadão.
Precisamos exigir a aprovação do voto distrital misto, para que a campanha e a votação dos candidatos ao legislativo seja restrita a regiões metropolitanas. Isso vai diminuir o custo das campanhas e proporcionar um controle mais eficiente por parte dos eleitores.
Outra medida urgente a se pensar é a não obrigatoriedade do voto. É óbvio que, não sendo obrigatório, os custos de campanha serão reduzidos e a corrupção tenderá a diminuir.
É isso aí... Esses são alguns princípios que devem ser levados em consideração na hora do voto e também no momento em que os candidatos estiverem eleitos.
Deixo, a seguir, algumas sugestões de leitura para reflexão.
Considerações sobre a cartilha "O Chão e o Horizonte"
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=49765
Movimento pelo fim do voto obrigatório
Crédito da imagem: Agência Brasil
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