quinta-feira, dezembro 31, 2009

Será que 2.010 vai ser diferente dentro de cada um de nós?

Chuva alaga jardins, a areia da praia e parte
das ruas, mas pode haver um lado muito legal
nisso tudo - é uma questão de ótica


Pressa; aglomeração; vontade de acertar; querer o melhor pra si, muitas vezes esquecendo-se do próximo; precipitação; fé inabalável; deixar tudo sempre para a última hora. Palavras e expressões como essas definitivamente continuarão marcando a vida de milhões de brasileiros em 2.010.



A poucos minutos do dia 1º de janeiro, fica nítida a impressão que pouco mudará dentro de cada um de nós.


Dá para acreditar que o individualismo continuará marcando o comportamento de grande parte de todos nós no ano que se anuncia.


Mas virada do ano é sempre virada - e muito mais disputada nas cidades do Litoral. Formam-se filas nas estradas, nos postos de gasolina e nos terminais rodoviários em busca de cada destino. Aqueles à beira-mar são os preferidos da "galera", que se amontoa, anda rápido e não vê a hora de chegar.


Todo ano esse tipo de situação se repete. E duvido que na virada de 2.010 para 2.011 será diferente.


Problema, então, é quando o tempo não ajuda.


Para tomar como exemplo, cito o Litoral Sul Fluminense, onde estou hospedada neste momento.


Devido ao cansaço da viagem - que em função da época pulou de três para quatro horas de duração - e ao fato de não ver o povo há um bom tempo, fui dormir tarde e, consequentemente, acordei mais tarde que o habitual.
Quando se tem folga do trabalho isso é salutar e não soa tão mal....


Mas, voltando àquilo que eu queria contar, recordo que, após ter me instalado, precisei resolver algums probleminhas na cidade, comprar a passagem de volta e, no trajeto, o "tino" de jornalista me fez observar algumas situações peculiares.


Com a tal da Mega Sena acumulada em R$ 435,3 milhões, as filas na única lotérica da cidade eram enormes, apesar da chuva.


População e turistas amontoavam-se dentro e fora da "casinha", numa fila que dobrava a esquina, onde capas de plástico e guardas-chuva davam o ar da graça.
Aliás, os ambulantes e lojas de R$ 1,99 devem ter faturado horrores vendendo capinhas confeccionadas com aquele plástico tão mole que quase rasga e aqueles guardas-chuva fabricados lá na República "Popular" da China - o trabalho semi-escravo explica o preço baixo de grande parte dos produtos.
O foco aqui não é o povo chinês - quem sou eu para julgar isso - mas as proporções da cena que vi. Dezenas de pessoas querendo fazer uma "fézinha", pensando em melhorar o life style no ano que vem, idealizando bens materiais, fartura e uma vida sem dificuldades financeiras.
Isso é comum a todo ser humano e, no caso do brasileiro, comprova aquela máxima de que "a esperança é a última que morre".

Além de "não deixar a peteca cair" e ter a "fé inabalável" de que aquele sorteio pode mudar uma vida, cada um dos integrantes daquela fila fez perpetuar um costume inerente a nosso povo: o ato de deixar tudo para a última hora.

Foi o que pensei quando vi aquela fila - circunstância que já ocorreu em várias outros sorteios ao longo de 2.009 e, sem dúvida, deverá continuar em 2.010. Afinal, estamos no Brasil.

No caminho para a rodoviária, fui pensando na viagem de volta para casa - a quantidade de filas que irei pegar e o tempo a mais que deverei ficar dentro do ônibus, por conta do feriadão prolongado.
Quando chego perto do guichê, mais uma fila. Pensei: "muita gente deve estar comprando a passagem de volta, para o domingo (3)". Mas, para minha surpresa, 80% das pessoas que estavam lá queriam o bilhete para hoje mesmo.
O desejo da maior parte deles era voltar para casa, por causa do mau tempo. E muitos, ainda, reclamavam porque teriam que esperar pelo menos três horas para embarcarem.
Por que será que a gente quer sempre tudo na hora? Por que gostamos tanto de reclamar quando é preciso esperar? É a tal da pressa. É o chamado individualismo.
Não posso negar que, às vezes, também tenho meus momentos de nervosismo quando sou obrigada a esperar. Mas, como diria o "Bam Bam", "faz parte"!
Eu é que não vou voltar pra casa hoje, só porque está chovendo. Negativo. Vou tentar aproveitar o meu último dia de 2.009 e a minha virada de ano da melhor maneira possível - faça chuva ou noite estrelada.

Água escorre pelo telhado "colonial":
chuva não dá trégua
Aliás, vou tentar nada. Se eu disser que vou tentar, fica só na tentativa mesmo.





Acho que preciso dizer que "irei fazer".

Que se fervam a chuva e o mau tempo. É o momento de atrair coisas positivas, de vibrar mentalmente em direção ao bem e ao "novo".

Idealizar novos comportamentos, novas atitudes e implementar costumes diferentes.

Essa será a minha meta para 2.010. Será que todos nós conseguiremos agir assim?

Fica lançada no ar a sugestão.

Que 2.010 seja "mara" para todos nós!!!

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