Cumprindo seu dever de chefe de estado, o presidente Barack Obama participou hoje de uma das cerimônias anuais que relembram as vítimas e chegou a se reunir com parentes dessas pessoas, inclusive fazendo um discurso alusivo à data.
Eleito como alternativa à política de guerra do ex-presidente George W. Bush, Obama enfrenta agora o ônus de ter assumido um país que priorizou investimentos bélicos, em detrimento das políticas sociais que agora tenta implantar.
Diante das propostas de campanha e do quadro de crise que assola o país há anos, o atual comandante norte-americano vai, aos poucos, se desvencilhando das políticas de guerra impostas pela era Bush e que, mesmo diante de tantos críticos, só se tornaram insuportáveis após um novo mandato do republicano.
Na era Bush, não faltaram ativistas que se manifestaram contrários às políticas adotadas. Até mesmo o premiadíssimo cineasta Michael Moore, às vésperas das eleições presidenciais, fez um documentário mostrando a história do 11 de Setembro, sob o prisma das questões que levaram ao ataque e seus desdobramentos.
À época, o filme, que mexeu com a opinião pública mundial, não surtiu o efeito desejado por Moore – o de derrotar Bush nas urnas – e os norte-americanos assistiram a mais um mandato estrategista, calcado na indústria bélica.
Moore, crítico ferrenho da era Bush |
Só que a família do “rebelde”, na verdade, sempre manteve relações amistosas e comerciais com a de George W. Bush que, a pretexto de encontrar um “judas”, acabou invadindo o Iraque como forma de “vingar” a honra norte-americana. Estava, então, montado o circo que renderia a Bush mais quatro anos no poder.
Os democratas e outros opositores do governo acabaram perdendo as eleições e Bush fez e aconteceu por mais um mandato – novamente esquecendo-se de propostas sociais e levando ao sucateamento o sistema imobiliário norte-americano.
Oito anos depois, os números da tragédia ainda batem forte na memória da humanidade. Além da destruição das torres de 110 andares e das 184 pessoas que morreram no local, as perdas oficiais contabilizam 3.234 falecimentos, pelas mais diversas causas.
Uma avalanche de mortes, sangue, concreto, chamas e a certeza de que jamais a tragédia será apagada das mentes da humanidade.
Esses detalhes se sobressaem com tamanha força no dia de hoje, ainda neste momento, em que os yankees enfrentam uma de suas piores crises econômicas.
E, a propósito, por onde anda Osama Bin Laden?
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