CEI do Trabijú
Já está dando o que falar a Comissão Especial de Inquérito (CEI) instaurada pelo legislativo pindamonhangabense para apurar a retirada de madeira do Parque Municipal do Trabijú, uma das principais reservas ecológicas da região.
A extração de madeira no local é considerada crime ecológico, principalmente se ficar provado desmatamento em decorrência da retirada do material.
Isso acontece porque, de acordo com a lei que cria o parque, datada do final da década de 1970, é proibido expressamente “desmatar quaisquer parcelas daquela propriedade” e também “retirar, a qualquer título, espécimes da fauna e da flora existentes naquela mata”.
O parque está sob a responsabilidade da prefeitura municipal, e por isso os vereadores que integram a comissão já se incumbiram de pedir esclarecimentos ao prefeito João Ribeiro.
Vamos aguardar os próximos acontecimentos e os prazos para a realização dos trabalhos investigativos.
Não é de hoje
Essa não é a primeira vez que itens como madeira e palmito são retirados do Parque Municipal do Trabijú.
Por diversas vezes o parque foi invadido por apanhadores de palmito e até caçadores de animais, devido às péssimas condições de segurança e ao número insuficiente de guardas municipais no local.
E, infelizmente, esse é um problema que ocorre há décadas.
Pedaço da Mata Atlântica
Para quem não conhece o Parque Municipal, que na atual administração recebeu algumas obras de melhorias, mas ainda insuficientes para conter o desmatamento, o nome trabijú significa “água que brota do monte”.
O parque está localizado no bairro rural do Trabijú, ocupando uma área de cerca de seis milhões de metros quadrados. Trata-se de uma das poucas reservas cobertas pela vegetação típica da Mata Atlântica.
Números do desmatamento
Aliás, a Mata Atlântica é uma das vegetações que mais têm sido devastadas pelo ser humano em nosso país.
Atualmente, restam apenas 9% da Mata Atlântica como era conhecida à época do descobrimento do Brasil.
Além da Mata Atlântica, a Floresta Amazônica tem sido vítima do desmatamento, sendo que 13% da cobertura original desse tipo de vegetação já foram destruídos.
Se em um município médio como Pindamonhangaba, localizado na Região Sudeste, onde os níveis de consciência dos governantes e de instrução da população são um pouco maiores do que em outros pontos do país, a questão do desmatamento já preocupa, imaginem em outras localidades.
É um caso para se lamentar...
Um comentário:
Vamos dedicar então aos responsáveis pelo Parque Ecológico Tabajara, o desenho animado abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=cwYb-mo6xmw
Caso não saia o link, vão até o Youtube e digitem; Pica-Pau Reflorestamento a força.
Postar um comentário